Após as fortes chuvas que atingiram o Grande Recife e a Zona da Mata de Pernambuco na última semana, a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) fez uma previsão preocupante para junho de 2022.
Segundo o órgão metereológico, no mês em que se inicia oficialmente começa o inverno no Hemisfério Sul, o acumulado de chuvas deve ultrapassar a média histórica para o mês, de 337,6 milímetros, no Recife e cidades vizinhas.
De acordo com a meteorologista Zilurdes Lopes, as fortes chuvas são consequência do aumento de temperatura do mar.
"Quando o mar está mais aquecido, temos muito mais umidade na atmosfera, que volta em forma de chuva para a superfície", pontuou.
PREVISÃO E PREOCUPAÇÃO
Com a previsão, a Apac traz a público também uma preocupação: não é possível afirmar, por ora, se as chuvas serão espaçadas durante o mês ou se cairão de uma vez.
Vale lembrar que em maio, o Estado registrou o maior desastre natural em quantidade de vítimas da sua história, com 123 mortes até o momento em decorrência das chuvas.
CHUVAS FORTES
Desde abril, a Apac já havia alertado que choveria mais que o normal em maio, junho, julho e agosto, quando as médias histórias de precipitação são de 291mm, 337,6mm, 314mm e 176,9mm, respectivamente.
"No litoral, o período de mais chuva é de abril a julho. Assim, maio já faz parte do período chuvoso da região; mas junho e julho são os meses mais chuvosos, climatologicamente falando", contou a especialista.