Em meio à ansiedade e expectativa pela conclusão das obras da Adutora do Pajeú em Triunfo, a população se depara com um cenário desolador. A infraestrutura vital está presente, mas a água, elemento crucial, brilha pela ausência. A Neoenergia, anteriormente Celpe, é apontada como a responsável pelo revés, deixando a comunidade em um impasse preocupante.

Turismo Afetado: Triunfo Penalizada pela Carência Hídrica

A cidade de Triunfo, conhecida por seu potencial turístico, vive um paradoxo. Enquanto as obras da Adutora do Pajeú foram concluídas há seis meses, a Neoenergia não emitiu qualquer posicionamento sobre o sistema de energização, deixando a população e os estabelecimentos locais sem o vital recurso hídrico. A carência de água chega a afetar até mesmo hotéis e pousadas, prejudicando a experiência dos visitantes.

Gestão Municipal Busca Soluções: Prefeito Cobre Ações da Neoenergia

O prefeito Luciano Bonfim (Avante) não se cala diante da situação crítica. Já levou o problema ao conhecimento da governadora Raquel Lyra (PSDB), que, até o momento, não tomou medidas eficazes para reverter a falta de água em Triunfo. A adutora, tão esperada por mais de 50 anos, parece ser um sonho distante enquanto a comunidade sofre as consequências da inoperância.

Ramal de Triunfo/Santa Cruz da Baixa Verde: Uma Promessa Adiada

O Ramal de Triunfo/Santa Cruz da Baixa Verde, componente essencial da segunda etapa do Sistema Adutor do Pajeú, é fundamental para atender cerca de 20 mil pessoas ansiosas por água. Triunfo, com aproximadamente 10,7 mil habitantes, e Santa Cruz da Baixa Verde, com mais de 9 mil, aguardam a resolução do impasse causado pela falta de energização por parte da Neoenergia.

Infraestrutura para o Abastecimento Humano: Necessidade Urgente

O Ramal de Triunfo/Santa Cruz da Baixa Verde visa suprir a demanda de abastecimento humano, incluindo a construção de estações de bombeamento, reservatórios e tubulações. A ausência de água adequada em Santa Cruz da Baixa Verde destaca a importância desse empreendimento para garantir um recurso essencial a toda a população.

Investimentos Vultosos e Potencial de Benefícios: O Valor da Obra e suas Ramificações

O investimento total na Adutora do Pajeú atingiu a marca de R$ 263 milhões, sendo R$ 62 milhões destinados a Pernambuco e R$ 161 milhões para a Paraíba. Uma cifra significativa que representa a expectativa de um serviço essencial para a região. A conclusão da segunda fase da 2ª etapa do Sistema Adutor do Pajeú beneficiará não apenas Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde, mas também outras cidades, como Iguarací, Ingazeira e Santa Terezinha em Pernambuco.

Amplitude do Sistema Adutor do Pajeú: Mais Beneficiados na Paraíba

A conclusão da adutora não se limita a Pernambuco. Municípios paraibanos como Imaculada, Desterro, Livramento, São José dos Cordeiros, Taperoá, Teixeira e Cacimbas também serão atendidos, garantindo um acesso vital à água. A Adutora do Pajeú, alimentada pelo Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, se estende por 255,7 km, tocando distritos e sedes de Pernambuco e da Paraíba.

Histórico da Adutora do Pajeú e Seu Impacto na Região Nordestina

A Adutora do Pajeú não é apenas uma infraestrutura, mas um projeto voltado para o abastecimento de municípios nordestinos. Com captações no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, a adutora compreende estações de bombeamento, reservatórios e tubulações, cobrindo uma extensão significativa de 255,7 km de adução. A 1ª Etapa do Sistema Adutor do Pajeú, concluída em 2014, trouxe alívio para mais de 200 mil habitantes, garantindo abastecimento e emergência para algumas cidades.

Conclusão: O Desafio de Tornar Operacional uma Infraestrutura Crucial

Enquanto a Adutora do Pajeú enfrenta obstáculos operacionais, a população de Triunfo e regiões circunvizinhas permanece à mercê da escassez hídrica. A inação da Neoenergia ecoa como um alerta para a necessidade urgente de soluções. Resta aguardar se a água, finalmente, fluirá pelos canais da adutora, cumprindo sua missão crucial de abastecimento para milhares de nordestinos sedentos.