O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) realizou um ato em frente ao Palácio do Campo das Princesas nesta terça-feira (6) e não chegou a acordo com o Governo do Estado. Após a realização do protesto, a entidade sindical decidiu pela paralisação da categoria a partir da meia-noite desta sexta-feira (9).
O ato contou com a participação de diversas entidades coletivas da Polícia Civil, incluindo peritos criminais, médicos legistas, escrivães e delegados, que foram recebidos por técnicos da Secretaria de Administração de Pernambuco e representantes da Casa Civil.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), Diogo Victor, destacou a união de todas as categorias em busca de valorização e estruturação para a Polícia Civil. "A gente se uniu para cobrar a valorização e estruturação para a Polícia Civil", afirmou.
Após a reunião, os representantes do Sinpol informaram que receberam apenas a promessa da divulgação do cronograma de negociação a partir do dia 28 de fevereiro e início da mesa de negociação em março. Entre as reivindicações da categoria estão melhorias nas condições de trabalho, aumento salarial e aumento do contingente, uma vez que o efetivo atual é de 5 mil servidores, enquanto o ideal seria 11 mil.
O presidente do Sindipol, Áureo Cisneiros, afirmou que a categoria está aberta ao diálogo nos próximos dias, mas a greve será mantida caso não haja uma proposta concreta do Governo de Pernambuco. "Chamaram a gente sem ter nada concreto. Estamos pedindo apenas que se inicie a negociação. Se não vier com proposta concreta, vamos continuar firme", pontuou.
A greve está programada para começar nesta sexta-feira (9), coincidindo com o início oficial do Carnaval de 2024 em Recife e Olinda. O deputado estadual Joel Da Harpa (PL) afirmou que se juntará a outros parlamentares a partir desta quarta-feira (7) para acelerar a negociação com os policiais civis.
O Governo do Estado, por meio de nota, confirmou a reunião com a comissão formada pelo Sinpol e destacou que já abriu diálogo, comprometendo-se a apresentar um cronograma para reabertura das mesas de negociações ainda em fevereiro, com o objetivo de discutir as pautas pleiteadas pela categoria.